Para conquistar sonho de infância, jovem do PR vende tortas em semáforo para pagar curso de piloto de avião: 'Tudo tem um começo'

  • 20/11/2025
(Foto: Reprodução)
Jovem do PR vende tortas em semáforo para pagar curso de piloto de avião Tudo o que Gabriel Rocha, de 22 anos, mais sonha é um dia chegar ao céu e ver o mundo de cima, dentro da cabine de comando de um avião. O sonho começou quando ele ainda era criança e hoje, como adulto, viu a oportunidade de conquistá-lo vendendo tortas gourmet em um semáforo de Maringá, no norte do Paraná. O objetivo é juntar dinheiro para cursar a formação de piloto de avião. Além de clientes, o rapaz conquistou admiração a amizade de motoristas e pessoas que trabalham em comércios locais e seguidores na internet. O g1 foi até o cruzamento das avenidas Euclides da Cunha e Doutor Luiz Teixeira Mendes e acompanhou as vendas do Gabriel. Assista acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maringá no WhatsApp Com o dinheiro das tortas, que começaram a ser vendidas em setembro deste ano, ele já conseguiu pagar a primeira etapa do curso teórico e deu início aos estudos. Cada uma custa R$ 13 e cerca de 100 unidades são vendidas por dia, em uma média de cinco horas. Entenda abaixo como as vendas funcionam. As tortas são feitas pela noiva Vitória de Freitas, que com muito carinho monta as camadas de bolacha maisena, mousse de leite em pó, ganache de chocolate amargo e amendoim. Antes de vender as tortas, Gabriel chegou a morar quatro anos com o pai em Luxemburgo para tentar conquistar o sonho de se tornar piloto. Mas, devido a problemas pessoais, teve que retornar ao Brasil no começo de 2025. "O sonho sempre residiu em mim, porém fazer isso aqui no Brasil seria muito difícil. Em fevereiro eu achei que nunca mais iria conseguir entrar na aviação, porém eu me conectei com Deus novamente e me foi apresentado uma nova oportunidade de ganhar dinheiro vendendo doces na rua", contou Gabriel. Gabriel também adicionou solidariedade às vendas no modelo de negócio e criou o "doce online". Com a iniciativa, pessoas que não são da cidade também podem pagar pelas tortas, que depois são distribuídas a pessoas em vulnerabilidade social. Segundo o jovem, até o momento, 200 foram entregues. Leia também: Gaiola e macacão antichamas: saiba como piloto paranaense sobreviveu a grave acidente em prova de arrancada Mulher desaparecida no PR após sair para trabalhar: 5 pontos para entender o caso VÍDEO: nuvem prateleira, que antecede tempestades, cobre Foz do Iguaçu Farda de comandante, plaquinha e abordagem diferenciada Gabriel Rocha sonha em ser piloto de avião e passou a vender tortas no semáforo para pagar o curso. Izabelly Fernandes/g1 Inspirado em alguns exemplos na internet, o jovem planejou o modelo de negócio. Ele viu uma boa oportunidade de colocá-lo em prática em um dos cruzamentos mais movimentados da Cidade Canção, que é cercado por comércios e próximos a clinicas e hospitais. Para chamar atenção dos clientes, Gabriel também decidiu se vestir com uma farda de comandante de avião. Para ele, essa também foi a forma que encontrou para se sentir parte da aviação mesmo ainda não voando. As vendas começam em torno das 9h30. As tortinhas são armazenadas em uma caixa térmica e depois colocadas em uma bandeja de acrílico, junto com pequenas colheres de cortesia. Com um plaquinha com a frase: "Eu quero ser piloto de avião, porém tudo tem um começo", Gabriel aborda os motoristas de uma maneira diferente. "A minha abordagem costuma ser um pouquinho diferenciada do que o pessoal está acostumado. Ao invés de chegar dizendo que estou querendo realizar esse sonho e ofertando um produto, eu chego perguntando: 'Você está feliz hoje?' ai eu pergunto o nome da pessoa e falo: 'sei que você não saiu de casa com a intenção de passar neste semáforo e pegar uma tortinha minha' e ai apresento a minha história", contou Gabriel. Para ajudar a ampliar a divulgação do projeto, Gabriel também criou um Instagram e um canal no Youtube, onde compartilha o dia a dia das vendas. Gabriel armazena as tortas em uma caixa térmica antes de vendê-las no semáforo. Izabelly Fernandes/g1 Mas, afinal, quanto custa uma formação Com as vendas das tortas, Gabriel conseguiu pagar seis meses da formação teórica, que custa em torno de R$ 1.800. Em outubro, o jovem foi presenteado por um piloto da escola aviação onde estuda e ganhou a formação prática de 41,5 horas de voo de piloto privado. Contudo, o objetivo de Gabriel é se tornar piloto de linhas aéreas. Para isso, ele ainda precisa juntar a quantia para cursar mais seis meses de formação teórica específica da categoria e fazer 100 horas de voo comercial. Juntas, elas custam em torno de R$ 130 mil. Paixão pela aviação começou na infância Aos 12 anos, Gabriel ganhou um voo panorâmico de presente de aniversário. Cedidas/Gabriel Rocha A vontade de voar nasceu no coração de Gabriel quando ele ainda tinha apenas 9 anos. Tudo começou quando ele viu um vídeo sobre aviões na internet. Desde então, a paixão pela aviação só foi crescendo e o pai dele passou a incentivá-lo. Com 10 anos, Gabriel viu pela primeira vez um show da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira (FAB). No aniversário de 12, Gabriel foi presenteado com um voo panorâmico em Maringá, ofertado pela mesma empresa onde, após 10 anos, faz o curso de piloto. "Eu fico extremamente grato à Deus por me permitir viver esse sonho de criança. Hoje eu estou muito perto de realizar algo que eu nunca pensei que fosse possível aqui no Brasil, tendo em vista de onde eu vim. A emoção é muita!", contou Gabriel. Clientes viraram amigos O David Norvila é atendente de caixa em um açougue que fica em frente ao semáforo onde Gabriel realizada as vendas. Ele reparou no jovem abordando os motoristas todos os dias, e decidiu conhecer a história dele. "Conheci, fui experimentar a tortinha dele, que é maravilhosa. A gente começou a conversar, ele foi contando a história dele e eu achei fantástica. Ele merece tudo que está conquistando. Criamos uma proximidade bem legal e, além de cliente, viramos amigos", contou David. A motorista Débora Cadeira, foi uma das clientes de Gabriel nesta quarta-feira (19). Após conhecer a história do jovem, ela parabenizou a iniciativa. Enquanto vendia as tortas, Gabriel também foi abordado por um jovem que o conheceu pela internet. O venezuelano Victor Perez trabalha em uma padaria próximo ao semáforo e decidiu ir até ele para ajudá-lo. "Um dia eu abri o Instagram dele e comecei a ver o perfil e mandei para o meu amigo e falei: 'Nossa, é o cara que fica lá no semáforo, ele quer ser piloto de avião. Quando eu for lá, vou comprar um doce com ele'. Eu vi todos os vídeos dele e gostei que ele também está motivando as pessoas", disse Victor. Victor conheceu o trabalho de Gabriel pela internet e e decidiu ir até o semáforo para ajudá-lo. Izabelly Fernandes/g1 VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/11/20/jovem-pr-vende-torta-semaforo-piloto-aviao.ghtml


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